Thursday, January 10, 2008

A carta

António meu amor

Esta é a carta mais irreal que alguma vez escrevi.
Tu não existes, amor, e este sentimento tão pouco.
Escrevo-te sem nada para para dizer e com tudo à flor da pele.
Nos meus sonhos vens como mau conselheiro, como brisa suave para oeste quando o centro é outro.
Brisa que assopra-me ao ouvido que não vá...Não vás....
Que és guerra perdida.

Perdida, dizes tu.
Perdida sou eu.
Perdida.
Do norte, do poiso, da luz, da paz, da imensidão e do propósito.
De todas as formas e consequências.

Nunca estive tão lúcida.
Nunca fui tão clara.
Como disse Pessoa, estou lúcida como se estivesse para morrer.
Tenho aquele olhar pousado de quando sentes a verdade.

A verdade? dizes tu.
A verdade.digo eu.
Essa mentira tão grande como o mundo que nos pertenceu.
Esse silêncio interior que só o sabe quem o tem, quem o escuta.
Este pulsar do coração da alma, não do corpo...
Que só no silêncio ensurdecedor do vazio deixamos espalhar.

António meu amor...
Se...
Nada...........nada.

beijos do tamanho da surpresa da minha alma face à tua.

3 comments:

JohnnyBoy said...

Uau!!! O primeiro rebento da minha Sussu! E que primeiro rebento!!! Se senhores!!!
Besos mi amor! Te quiero un montón!

popping-candy said...

" boca boca xinha extunperod.. !! "

uhuhh Sururuca!! :))

mil beijos prá você! *

Anonymous said...

intiresno muito, obrigado